Cascais debateu a realidade virtual no turismo acessível

3.º Workshop do Projeto PIACT reuniu em Cascais representantes de cidades da Turquia e Itália

O 3.º Workshop do Projeto PIACT reuniu em Cascais representantes de cidades da Turquia e Itália para debater a Realidade Virtual (RV) ao serviço do Turismo Acessível

“Cascais é um dos destinos turísticos mais apreciados da Europa, tem no turismo uma forte aposta para a economia local e é um município com um foco nas pessoas, na promoção dos seus direitos e na inovação. E, com este projeto (PIACT), conseguimos unir estas três dimensões”, disse Carla Semedo, Vereadora da Câmara Municipal de Cascais a propósito do 3.º Workshop do programa, organizado pelo município de Cascais entre 26 e 28 de janeiro de 2022 no Centro Cultural de Cascais.

O projeto, designado PIACT, acrónimo da designação inglesa - “Policy Innovations for Accessible Tourism using VR technology” (em português, “Inovações Políticas para Turismo Acessível usando tecnologia de Realidade Virtual”), é cofinanciado pelo programa COSME da União Europeia, e promoveu o debate sobre o Turismo Acessível entre representantes de três cidades com um pendor turístico muito forte: Izmir, na Turquia, Petrella Tifernina, em Itália e Cascais.

Neste encontro os participantes debateram as tendências atuais que influenciam o futuro do Turismo e como tornar esse turismo mais acessível, identificaram e desenvolveram soluções para os desafios e oportunidades da Realidade Virtual para o turismo acessível e, como referiria o representante da cidade italiana de Petrella Tifernina, Roberto D’Amico, “discutiram o futuro do projeto PIACT, nomeadamente a sua sustentabilidade de forma a garantir que continue para além de 31 de janeiro”, investindo, por exemplo, na criação de uma rede de Turismo Acessível.

“Quisemos discutir o futuro e a sustentabilidade destes projetos e aprofundar o tema do Turismo Acessível, não só através da realidade aumentada, mas também de outras formas de ajuda”, disse Roberto D’Amico.

Esse sentido da necessidade da continuidade do projeto foi reforçado pela vereadora Carla Semedo: “Temos de permitir a todos e a todas a fruição da oferta turística. As tecnologias de Realidade Virtual são uma excelente ferramenta neste sentido e que devemos reforçar no futuro, como ficou bem espelhado ao longo deste último Workshop em Cascais”.

Durante os workshops anteriores, realizados em Petrella Tifernina e Izmir, os parceiros experimentaram as potencialidades destas ferramentas e exploraram novas soluções a desenvolver. Neste terceiro Workshop do projeto PIACT realizaram-se sessões plenárias, informais e de brainstorming, workshops e visitas de estudo com a participação de pessoas com deficiência que deram a sua perspetiva, na primeira pessoa, sobre as potencialidades e desafios para o futuro destas ferramentas. Numa dessas visitas os participantes estiveram na Quinta do Pisão para verificarem, no local, um exemplo de turismo acessível já desenvolvido por Cascais: “Visitamos a Quinta do Pisão e pudemos mostrar o circuito acessível como um bom exemplo de investimento na acessibilidade através dos quadrix, carros que permitem que pessoas com mobilidade condicionada possam fazer o circuito ou das barras de informação em braile. E constatamos que, com utilização da tecnologia da Realidade Virtual, poderemos chegar a outras zonas do Pisão aumentando a acessibilidade e a experiência da visita”, referiria Ana Almada, que representou o município de Cascais nos workshops de Itália e Cascais.

O workshop teve a participação de representantes dos departamentos de turismo (ou equivalentes), representantes de departamentos tecnológicos/inteligentes, partes interessadas

da economia social, como PMEs, organizações comerciais, educadores de empreendedorismo social ou equivalente.

O turismo acessível procura este investimento contínuo em garantir que todas as pessoas possam desfrutar de experiências turísticas independentemente das suas limitações. Tornar o turismo mais acessível não é apenas uma responsabilidade social é também um argumento empresarial para melhorar a acessibilidade que pode aumentar a competitividade do turismo na Europa.

Carla Semedo deixou ainda um agradecimento aos diversos parceiros neste projeto: “Queria deixar uma nota de agradecimento aos nossos parceiros internacionais de Izmir e Petrella, pelas aprendizagens partilhadas ao longo deste último ano, mas também aos nossos colegas e aos nossos parceiros locais, a Fundação D. Luís I, a CERCICA, a Associação de Turismo de Cascais e o Centro Vida Independente, que trouxeram a sua preciosa experiência e know-how para este projeto."

 

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