Apresentação do Plano de Ação da Rede de Valorização Territorial

Populações contribuem para melhorar espaços públicos e vivência da sua própria comunidade.

Apresentação do Plano de Ação da Rede de Valorização Territorial

Foi em março que se iniciou uma história de colaboração que agora, em setembro, dá os seus frutos. Falamos da Rede de Valorização Territorial, um projeto que se baseia na participação e democracia, onde os próprios moradores do concelho sugerem e votam ideias para melhorar a sua comunidade.  

No início do ano, identificaram-se 10 territórios em Cascais – as “áreas críticas urbanas” -, onde se iniciaram as sessões públicas com populações, membros e associações de moradores. Nestas “oficinas colaborativas”, identificaram-se as necessidades e possíveis soluções para os problemas sentidos pelos munícipes: espaços comuns deteriorados, falta de atividades agregadoras da comunidade e falta de acessibilidades foram, a título de exemplo, alguns dos problemas levantados. 

Estas sessões, cerca de 30, contaram com a participação de quase 500 munícipes e resultaram em mais de 1000 registos de ideias, soluções ou problemáticas. Estas ideias foram votadas pelos participantes, numa lógica de democracia participativa, e as finalistas serão implementadas, constando no Plano de Ação da Rede de Valorização Territorial.  

O Plano de Ação de 2023/2024, apresentado durante a tarde de dia 25 de setembro, no Mercado da Vila, é baseado nas ideias votadas e alinhado segundo quatro grandes eixos de ação: Requalificação Urbana; Educação Ambiental e Requalificação de Espaços Verdes; Empoderamento das Comunidades e Capacitação e Participação dos Jovens.  

Nos territórios identificados (Adroana, Alcoitão, Bicesse, Cruz Vermelha, Galiza, Torre, Cabeço de Mouro, Matos Cheirinhos, Trajouce e Zambujal) vão ser levadas a cabo requalificações dos espaços comuns e espaços verdes, atividades unificadoras da comunidade (como o Festival da Comunidade, na Torre) ou mais investimento em associações que dinamizem as vidas dos jovens (como a Ludoteca da Galiza), entre tantos outros. Destaca-se, também, o aumento de espaços de convívio e de ações que envolvam toda a comunidade, como hortas e cozinhas comunitárias. 

O Plano de Ação da Rede de Valorização Territorial foi apresentado perante múltiplos participantes do projeto, investigadores, associações e executivo da Câmara Municipal de Cascais. O Presidente da autarquia, Carlos Carreiras, reforçou este projeto como uma expressão da lógica de cidadania de cada um de nós, afirmando: “Quando se sente que a comunidade está envolvida, as coisas acontecem muito mais facilmente!”. Já a vereadora Carla Semedo prometeu: “a Câmara Municipal de Cascais está pronta para responder aos desafios sociais. Por mais e melhor, vamos juntos, sempre!”.  

A socióloga Maria João Freitas, colaboradora do projeto em Cascais, incentivou os participantes a pegar nos novelos de lã assentados sob os seus lugares e a atirá-los aos ‘vizinhos’, formando uma verdadeira rede entre todos. No final, pediu-lhes que se levantassem e fizessem chegar a grande rede formada até à frente do palco, passando a mensagem de que apenas é possível modificarmos a nossa rede ao trabalhar em conjunto. E é verdadeiramente isto que encapsula o projeto da Rede de Valorização Territorial, uma sinergia de esforços, combinados com uma ação eficaz, que se concentra em aumentar o bem-estar e a qualidade de vida dos munícipes.  

Saiba mais sobre o projeto Rede de Valorização Territorial AQUI