“Custa mais não ter habitação do que custa construí-la”, é a convicção do presidente da Câmara Municipal de Cascais, Carlos Carreiras e do ministro das Infraestruturas e Habitação, Pedro Nuno Santos, ambos presentes, esta tarde, no Salão Nobre da autarquia na assinatura de um Acordo de Colaboração no âmbito do 1º Direito, entre a autarquia e o Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana, representado pela sua presidente, Isabel Martins Dias.
O Custo de não ter casa é um estudo que está a ser elaborado pelo Instituto de Ciências Sociais, mas que, adianta Carlos Carreiras, é muito superior “ao custo de as construir”, desde logo, acrescente o autarca, “tem custo sociais, tens custo ao nível da saúde, tem um custo em anos de vida sem qualidade”.
Este documento, homologado pela secretária de Estado da Habitação, Mariana Gonçalves, define a partilha de custos na execução de um programa de habitação para o Concelho que o ministro considera “dos mais ambiciosos do país”.
São 58,6M€ do IHRU (PRR) , 44,8M€ de empréstimo bonificado e 58,9M€ de investimento da Câmara Municipal de Cascais. Estes são os valores que vão permitir ampliar em 30% o parque habitacional do concelho que vai permitir disponibilizar 2.869 fogos para jovens e cidadãos de classe média do concelho, num total de 7.387 pessoas. Só 30% serão construções de raiz. Na sua maioria, os fogos a disponibilizar, serão resultado da reabilitação urbana, no âmbito da qual serão introduzidos melhoramentos vários e soluções tecnológicas para poupança de recursos.
“É uma das estratégias ambiciosas do país, uma das maiores, um volume de investimento tremendo que vai dar resposta a milhares de famílias e nós congratulamo-nos muito com o facto de Cascais não só ter desenhado esta estratégia local de habitação, mas também estar tão empenhado na sua execução e na resposta a necessidades de milhares de famílias”, disse Pedro Nuno Santos.
Pedro Nuno Santos disse ainda “confiar na capacidade” da autarquia para concretizar este programa: “concelhos com estratégias local ambiciosas e com capacidade de execução comprovada são também importantes para nós, porque nos dão segurança de concretização do próprio Programa de Recuperação e Resiliência (PRR)”.