Rastreio “Saúde Visual” gratuito nas escolas

Ação de rastreio visual, na Escola Básica de São José, em Alvide

Os números não mentem. Uma em três pessoas, no mundo, vê mal. Em 8 mil milhões de pessoas, 2,7 mil milhões de pessoas, um terço da população, precisam de óculos e muitos não os usam. Muitas das anomalias não são detetadas numa idade precoce, tornando-se difíceis de reverter e até corrigir. Assim, cuidar da saúde ocular de uma criança, é assegurar a aprendizagem escolar e prevenir problemas oculares mais graves. 
A Câmara Municipal de Cascais, em parceria com a OneSight Essilor Luxottica Foundation, dinamizou uma ação de rastreio visual, em Alvide, na Escola Básica de São José.

Foi a 3.ª ação dinamizada, este ano, estando previstas mais, proporcionando rastreio gratuito a todos os alunos, e posterior consulta gratuita (e óculos) a crianças da Ação Social Escolar nível A e B. “Nós estamos a apostar nesta questão do rastreio visual, no âmbito da nossa política SL3S, o Serviço Local de Saúde e Solidariedade Social, e percebemos que muitos dos nossos jovens e crianças do primeiro ciclo, não têm uma boa competência nas aprendizagens, porque não veem.”, adiantou Carla Semedo, vereadora da Câmara Municipal de Cascais, nesta iniciativa de rastreio visual a cerca de 100 crianças.
A ação começa por abranger todas as crianças da escola, num rastreio qualitativo onde se deteta se a criança pode ter uma tendência para adquirir miopia, hipermetropia, ou astigmatismo, sendo que, as que não pertencem aos escalões mais carenciados, é sinalizada a necessidade de ir a uma consulta, registada e informada aos professores. No caso das crianças da Ação Social escolar nível A e nível B, a Fundação providencia a consulta, as lentes e armações, caso se verifique a necessidade.
“É uma ação em prol da saúde visual de todas as crianças e, muito em particular, da saúde visual das crianças mais carenciadas. Quanto mais precoce for detetada uma anomalia visual, mais facilmente conseguimos que seja revertida e corrigida. Daí a importância de virmos para as escolas, porque uma criança que não vê, é uma criança que não aprende”, referiu Margarida Barata, diretora da OneSight Essilor Luxottica Foundation.