Mais de um século preconiza a história do Hospital Ortopédico de Sant’ana, reconhecido como uma unidade hospitalar de referência, na Parede, em Cascais. Nasceu em 1904, como Sanatório de Sant’Anna, tendo sido legado à Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, em 1913, pela benemérita Claudina Chamiço. Na celebração eucarística estiveram presentes nomes de peso do concelho, como, Carlos Carreiras, presidente da Câmara Municipal de Cascais, Nuno Piteira Lopes, vice-presidente da autarquia, Carla Semedo e Frederico Pinho de Almeida, vereadores do município, e Nuno Alves, presidente da União das Freguesias de Carcavelos e Parede.
Mas o leque de presentes não termina aqui. Paulo Alexandre Sousa, provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, Isabel Miguéns, provedora da Santa Casa da Misericórdia de Cascais, Luís Manuel Bispo, provedor da Santa Casa da Misericórdia de Oeiras, Manuela Filipe, presidente do núcleo da Costa do Estoril da Cruz Vermelha Portuguesa, e os familiares dos fundadores do hospital, da família Chamiço também não faltaram à celebração dos 120 anos do Hospital Ortopédico de Sant'ana.
No final da missa, decorreu um almoço volante e, no final, cantaram-se os parabéns e foram sopradas as 120 velas a esta unidade hospitalar, tutelada e enquadrada na missão da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa. Foi o momento para o Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, e do presidente da Câmara Municipal de Cascais, transmitirem umas palavras aos presentes. “Esta unidade hospitalar conta com um conjunto de profissionais de excelência, que entregam, todos os dias, o seu saber e o seu humanismo. Todos os colaboradores são a alma desta casa, sublinhando também o papel dos voluntários desta unidade e, muito naturalmente, o das Irmãs Dominicanas, que nos acompanham nesta missão, há mais de um século”, congratulou Paulo Alexandre Sousa, provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.
Carlos Carreiras tomou a palavra e destacou a importância que o Hospital tem para Cascais: “Eu não poderia deixar de estar cá hoje, porque estamos todos a falar de parceiros de há muitos anos que deixaram uma marca e vão continuar a deixar uma marca muito importante no nosso território”, ressalvou, adiantando que o “Hospital Sant’ana tem tudo a ver com a nossa identidade, porque, não só foi fruto, aqui no polo de saúde, na escola de Pós-graduação em Ciências Médicas, na NOVA Medical School, foi um dos motivos por que transformámos o Hospital Ortopédico José d’Almeida para agora acolher esse polo de saúde. E esse hospital veio para aqui à conta de estar aqui o Hospital Ortopédico Sant’ana. Também foi por via disso que o ensino superior começou a vir para o concelho de Cascais, nomeadamente, com a Escola Superior de Saúde de Alcoitão, e depois com tudo aquilo que foi possível desenvolver, em tempos recuados, mas não muito diferentes daqueles que hoje vivemos com o sofrimento da guerra, que era preciso tratar todos aqueles que, nas guerras, que tínhamos do Ultramar, ficavam com alguma necessidade de tratamento ortopédico e, naturalmente, depois, foi estendido a toda a população. Foram um conjunto de fatores, que estão na identidade de Cascais, que reforçaram e ajudaram muito ao próprio desenvolvimento do concelho de Cascais.”
O presidente da autarquia aproveitou para destacar a parceria com a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, e anunciar planos futuros para a nova fase desta unidade, com novos desafios e investimentos que permitirão o desenvolvimento de respostas e melhorar a capacidade de atendimento a mais pessoas: “Já foram estabelecidos um conjunto de objetivos comuns, e lancei o desafio ao Senhor Provedor, que ficou de estudar e de analisar, de a Câmara Municipal de Cascais, naquilo que for solicitado e puder, contribuir para recuperarmos a ala das lavandarias. Beneficiam dessa localização, e equipamentos desta natureza, sejam na área medica ou social, são fundamentais”.