Cascais é o anfitrião, nos dias 7 e 8 de novembro, do Encontro Nacional de Cooperativas de Solidariedade Social, promovido pela Fenacerci, Federação Nacional de Cooperativas, no Hotel Cascais Miragem. A iniciativa visa refletir sobre os desafios que as organizações do setor social e solidário enfrentam e dos compromissos que abraçam no futuro.
A sessão de abertura contou com a intervenção de Luis Marques Mendes, advogado, político e comentador português, seguida de Joaquim Pequicho e Julieta Sanches, respetivamente, vice-presidente e presidente da Fenacerci.
“Estamos em Cascais onde a inovação e o empreendedorismo nos convocam para continuarmos a criar, a inovar, a persistir no sonho. Quem visita Cascais, reconhece um território que se move e adapta e vai ao encontro de quem cá vive e visita. Não é isso que procuramos, todos os dias, nas nossas organizações? Decidir com qualidade, procurando inovar nas práticas, fazendo sempre mais e melhor”, refletiu a presidente da Fenacerci. E acrescentou: “Cascais é inspiração para os caminhos de transformação organizacional que todos nós ambicionamos. Este encontro nacional desafia-nos a refletir sobre o envelhecimento, um dos maiores desafios que as organizações enfrentam, não só o envelhecimento das pessoas que apoiamos, mas também das suas famílias, dos profissionais, das práticas e das próprias organizações”.
A iniciativa reservou um momento surpresa para Carlos Carreiras, presidente da Câmara Municipal de Cascais, com uma homenagem pela Fenacerci e pela associada Cercica, num ato solene de gratidão e reconhecimento público pelo "trabalho que tem desenvolvido, e na abertura, diálogo, apoio e incentivo ao trabalho das nossas organizações", anunciou Rosa Neto, vice-presidente da Cercica.
O autarca ficou visivelmente agradecido, destacando, no seu discurso, a importância que as organizações do setor social, em particular, a Cercica, com a qual mais articula, em Cascais, desempenham no serviço público, a par da parceria fundamental que tem com o Estado Local. “A Cercica, como muitas outras organizações de solidariedade social que estão em Cascais, ajuda-nos a cumprir a nossa missão. Ajuda-nos a transmitir à população de Cascais quanto valor tem a diferença. Hoje, a diferença incorporou-se na comunidade. Quando estabelecemos a Estratégia Local de Habitação, colocámos como prioridade n. º1, para cidadãos deficientes com limitação cognitiva. Em Cascais, havia muitas famílias com esta pressão, e hoje, muitas dessas famílias têm o problema resolvido de, quando não estiverem cá para acompanhar os filhos, têm onde ficar” recordou.
O autarca destacou, ainda, a relevância que estas organizações têm na comunidade. “Ajudam-nos a valorizar a diferença, a transmitir à comunidade que todos temos talentos, como nos ajudam a ter algo fundamental para qualquer comunidade se desenvolver, que é estabelecer laços de confiança e a reforçar a confiança dentro da comunidade, um dos pilares mais importantes para o desenvolvimento económico social e ambiental, pilares que salvaguardam a sustentabilidade”, destacou. A questão do impacto da parceria entre o poder local e o setor social e solidário também mereceu o foco no discurso do autarca: “O Estado Local funciona em rede junto com todas estas instituições que temos o privilégio de termos em Cascais, A Cercica ajuda-nos também a cumprir a democracia, exemplos vivos daquilo que é a democracia participativa e colaborativa, o que significa que, com estas duas formas de aplicar e desenvolver a democracia, ajuda muito a democracia representativa, que é a que nós representamos, quando somos eleitos”.
Estiveram presentes, no evento, Nuno Piteira Lopes, vice-presidente da autarquia, Frederico Pinho de Almeida, Carla Semedo e Alexandre Faria, vereadores da Câmara Municipal de Cascais, Isabel Miguens, provedora da Santa Casa da Misericórdia de Cascais, Pedro Mota Soares, presidente da Assembleia Municipal, e Pedro Morais Soares e Nuno Alves, respetivamente, presidentes da União das Freguesias de Cascais e Estoril e da UF Carcavelos Parede.