Cascais é o anfitrião da 13. ª Conferência de Valor da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares (APAH), a decorrer nos dias 9, 10 e 11 de maio, na Casa das Histórias Paula Rego. O tema de reflexão para os vários painéis tem como indicador comum o Novo Modelo Organizativo do Serviço Nacional de Saúde (SNS). Ao longo da jornada, através do debate de especialistas e representantes da área da saúde, tentarão ser identificadas soluções e respostas com vista a ultrapassar os desafios presentes e futuros, procurando construir pontes e sinergias com agentes que permitam uma melhoria da qualidade e excelência dos resultados em saúde em Portugal.
Sendo Cascais o local escolhido para esta conferência, Carla Semedo, vereadora da autarquia, com o pelouro da Ação Social, abriu a sessão de trabalhos do 2.º dia, juntamente com Xavier Barreto, presidente da Direção da APAH e Cristina Vaz Tomé, secretária de Estado da Gestão da Saúde. Sendo a saúde um dos pilares estratégicos da atuação autárquica, Carla Semedo destacou o trabalho feito neste âmbito: “Para garantir a qualidade de vida e a dignidade da vida das pessoas, temos de atuar a nível dos determinantes sociais de saúde. Esse trabalho não é feito de forma isolada, é feito através de parcerias, dos vários níveis de cuidados, desde os cuidados primários até aos cuidados hospitalares”.
Carlos Carreiras, presidente da autarquia, foi um dos oradores convidados no painel sob o tema “Parcerias, colaborações e novas alianças: pode haver SNS para lá dos muros das ULS?”. O autarca destacou a importância da ação do Poder Local para colmatar as respostas que o Poder Central não consegue assegurar, recordando a pandemia, quando a COVID-19 afetou a população. O projeto Bata Branca colmatou essa ausência de resposta, aliviando os centros de saúde e facilitando o acesso a cuidados médicos na linha dos cuidados de saúde primários, “tendo, desde setembro de 2021 à data, assegurado 87,812 consultas”. Recorde-se que esta iniciativa nasceu de um acordo entre a União das Misericórdias e a Administração Regional de Saúde – Lisboa e Vale do Tejo, com mecanismos subsidiários em Cascais através da Santa Casa da Misericórdia de Cascais, em associação com os Agrupamentos de Centros de Saúde de Cascais e a Câmara Municipal de Cascais.
“O nosso município assumiu a saúde como um motor e uma linha estratégica de atuação. Sabendo nós que, para garantir a qualidade de vida e a dignidade da vida das pessoas, temos de atuar a nível dos determinantes sociais de saúde. Sendo que, Cascais tem aqui um carácter inovador porque quer implementar os pré cuidados primários, no sentido de potenciar cada vez mais esta lógica de promoção da saúde e de cuidado a nível dos determinantes, desde os fatores comportamentais aos fatores ambientais, aos próprios cuidados e qualidade da forma como as pessoas acedem aos serviços. Portanto, a nossa política, SL3S, o serviço local de saúde e solidariedade social, acaba por ser um modelo inovador daquilo que tem sido preconizado ao longo do dia, nesta conferência”, evidenciou Carla Semedo.