(Re) Parar os Maus-Tratos

(Re) Parar os Maus-Tratos

O Centro Cultural de Cascais recebeu, hoje, o seminário “(Re) Parar os Maus-Tratos”, a par do Mês Internacional de Prevenção dos Maus-Tratos na Infância. Uma iniciativa da Comissão Nacional de Promoção dos Direitos e Proteção das Crianças e Jovens, onde se assinalou Abril com o slogan: “Serei o que me deres …que seja amor”.

O Seminário abriu com uma pequena peça de teatro, onde se ilustrou a história real que deu mote à Criação do laço humano.

Em 1989, a americana Bonnie Finney, pendurou o primeiro laço azul na antena do seu carro, em homenagem ao neto que morreu de maus tratos, por parte da mãe e do companheiro. A avó, movida pela tristeza de ter perdido o neto, deu origem a um movimento, hoje em dia, internacional que pretende erradicar a violência contra crianças e jovens.

“Era Uma Vez”, a música de Kell Smith, deu vida ao Centro Cultural de Cascais, pela voz de Yasmin, uma jovem que dinamizou também a sessão.

Carlos Carreiras, presidente da Câmara Municipal de Cascais, abriu a sessão dizendo que  “não há justificação alguma para a violência. Não podemos só falar deste tema em abril, quando a violência permanece durante todos os meses e até anos. Temos vindo a desenvolver muitas medidas que reforçam a comunidade face a este tema, não só diretamente para a violência mas também para condicionantes como saúde mental ou fragilidade económica”. Assim, o autarca destaca que este flagelo deve ser combatido, de forma a dar segurança às crianças e jovens, não só do concelho, mas mundialmente.

A presidente da Comissão Nacional de Promoção dos Direitos e Proteção das Crianças e Jovens, Rosário Farmhouse, não pôde estar presente mas deixou um vídeo onde salienta a importância do trabalho de todas as entidades que trabalham para a defesa dos direitos das crianças e jovens. Frederico Costa, presidente da CPCJ de Cascais, apresentou vários dados sobre o tema, entre eles, números e motivações de sinalizações por cada freguesia de Cascais, onde se constata que a violência doméstica é o tipo de violência mais sinalizado.

Durante a sessão, houve um painel em torno de toda esta temática, que reuniu Elsa Figueiredo do Espaço V, Raquel Ribeiro da Associação de Apoio à Vítima (APAV), João Redondo do Centro de Prevenção e Tratamento do Trauma Psicogénico CRI Psiquiatria da ULS de Coimbra, e Dora Pereira da Universidade da Madeira.

A vereadora Carla Semedo disse, na sessão, que “a nossa lógica é criar uma comunidade centrada na criança”, acrescentando que a autarquia está focada em criar um ambiente seguro à criança, respeitando os seus direitos e promovendo iniciativas que os acompanhem. A vereadora salientou a relevância do trabalho de todas as entidades neste âmbito, agradecendo.